Ciclo de cinema Festival Política em Grândola
A Câmara Municipal de Grândola, em colaboração com o Festival Política, exibe em abril três filmes que já integraram a programação do festival. As sessões decorrem no Cineteatro Grandolense, no âmbito das comemorações do 25 de Abril. A entrada é gratuita.
4 de abril, 21h – “Alcindo”
Após a exibição do filme segue-se conversa com o realizador Miguel Dores e a produtora Beatriz Carvalho. O filme do realizador Miguel Dores debruça-se sobre o brutal assassinato de Alcindo Monteiro, vítima de crime de ódio por parte de um grupo de etno-nacionalistas que, na madrugada de Santo António, em 1995, percorreram o Bairro Alto agredindo pessoas negras, culminando em 11 feridos graves e na trágica morte do jovem de 27 anos. O documentário é uma ode à luta contra o racismo e a lembrança necessária de que é preciso amplificar o movimento antirracista em Portugal.
11 de abril, 21h – “A música invisível”
Após a exibição do filme segue-se conversa com o realizador Tiago Pereira. Os ciganos têm presença na Península Ibérica pelo menos há 500 anos, no entanto em Portugal a sua música foi sempre quase esquecida, pouco conhecida, pouco gravada. Hoje essa música distingue-se muito por rumbas e fados, mas também por muita música religiosa e algum rap. Existem também músicos que não sendo ciganos se apaixonam por esta música e a adotam. Viajamos então pelo país para conhecer esta música invisível.
19 de Abril, 21h – “Rua do Prior, 41”
Após a exibição do filme segue-se conversa com os diretores do Festival Política, Bárbara Rosa e Rui Oliveira Marques, e a produtora Isabel Chaves. Lisboa, 1974. Franco Lorenzoni, militante da Lotta Continua, o grupo italiano extra-parlamentar mais importante dos anos 70, ocupa uma casa na Rua do Prior, nº 41. Durante os meses seguintes, essa casa acaba por se tornar na sede da Associação Revolucionária de Amizade Portugal-Itália, que traz centenas de jovens do mundo inteiro para verem o “país mais livre da Europa”. Uma viagem por um dos capítulos menos conhecidos da Revolução dos Cravos, para libertar sonhos, esperanças e deceções de uma geração de rapazes e raparigas que, por um curto e entusiasmante momento, acreditaram que conseguiriam mudar o mundo.