Edição 2018

Em 2018, o Cinema São Jorge abriu as suas portas para a segunda edição do Festival Política, que entre cinema, conversas, debates, concertos, workshops e arte nos convidou a repensar a sociedade atual e os moldes em que exercemos a nossa cidadania. A tónica foi colocada nas questões da igualdade e da não-discriminação. 

Visite o site e veja a programação de 2018

Os Direitos Humanos e o combate à discriminação foram os temas centrais da 2.ª edição do Festival Política.

A edição deste ano iniciou-se com o debate “A Lei é Racista?”, através do qual se pretendeu perceber se “a legislação portuguesa garante uma proteção eficaz contra o racismo e a xenofobia, porque razão quem nasce em Portugal não é automaticamente português ou se as instituições são eficientes a combater a discriminação no exercício de direitos por motivos baseados na raça, cor, nacionalidade ou origem étnica”.

A programação para este dia incluiu a exibição de três curtas-metragens, “que pretendem refletir a relação entre artistas, criativos, políticos e direitos humanos”, e o concerto Compositores Exilados, pelo Quarteto de Cordas da Orquestra Metropolitana de Lisboa, “constituído por obras de compositores, Lopes Graça e Hindemith, cujas vozes foram ‘abafadas’ pelos respetivos regimes — o salazarista em Portugal e o nazi na Alemanha”.

A sessão oficial de abertura do festival contou com a antestreia em Portugal de “A Morte de Estaline”, filme de Armando Iannuci, “cuja exibição foi proibida na Rússia e que relata de forma burlesca os conflitos entre o círculo próximo de Estaline após a sua morte, em Maio de 1953”.

O Cara-a-cara com os deputados contou com a participação de André Silva (PAN), António Filipe (PCP), José Luís Ferreira (OS Verdes), José Manuel Pureza (Bloco de Esquerda), Sandra Pereira (PSD), Susana Amador (PS) e Vânia Dias da Silva (CDS-PP).

Da programação fizeram também parte o concerto com Fado Bicha, a exibição de três filmes da temática LGBT, com destaque para “Camel Toe”, de Alexandra Barbosa, que conta a história de Bruno, um jovem de 26 anos que se iniciou na cultura ‘drag’ do Porto, em 2015, um ‘workshop’ de capoeira e o debate “Que papel para a comunidade cigana?”.

Durante os dias do festival estiveram patentes no São Jorge a exposição “Libertador dispensado”, de Nuno Bettencourt e Ruy Otero, e a vídeo-instalação “Grândola RMX”, por João Meirinhos.

O Festival Política insere-se na iniciativa “Abril em Lisboa”, da EGEAC.