Programação 6 de maio – Braga
O Festival Política está de regresso ao Centro de Juventude de Braga tendo a Desinformação como tema central e a guerra na Europa como pano de fundo. São três dias de filmes, música, debates, performances, espetáculos e conversas dedicados à desinformação enquanto ameaça à democracia, fator de polarização, discriminação e marginalização de grupos populacionais, e elemento que mina a confiança dos cidadãos nos meios de comunicação social e no jornalismo. Todas as atividades são de acesso gratuito e acessíveis (legendagem em português de todos os filmes e tradução para língua gestual portuguesa). Acede aqui ao programa completo em formato PDF.
18h30
Cara a Cara com os Deputados
1º andar
Encontro entre cidadãos e deputados representantes dos partidos com assento na Assembleia da República. Durante cinco minutos, os participantes inscritos conversam individualmente com cada deputado sobre um tema, dúvida ou questão. Necessária inscrição prévia através do e-mail: participa.politica@gmail.com. Com tradução para Língua Gestual Portuguesa mediante solicitação prévia.
19h
Cinema – Sessão Corpos Políticos 1
“Bustagate”, de Welket Bungué, 12′ (Portugal)
Bustagate, um ano depois do incidente do Bairro da Jamaica (zona da margem Sul de Lisboa) eis o panorama escandaloso da violência e desigualdade social em Portugal. Um filme-intervenção póstumo à sua personagem imaginária, dedicado aos portugueses.
“Alcindo”, de Miguel Dores, 79′ (Portugal)
A 10 de Junho de 1995, sob o pretexto múltiplo de celebrar o Dia da Raça e a vitória para a Taça de Portugal do Sporting, um grupo de etno-nacionalistas portugueses sai às ruas do Bairro Alto para espancar pessoas negras que encontra pelo caminho. O resultado oficial foram 11 vítimas, uma delas mortal, cuja trágica morte na Rua Garrett atribui o nome ao processo de tribunal – o caso Alcindo Monteiro. Sessão M/16. Reserva aqui lugar.
21h30
“100-Certezas” – performance/teatro
Uma reflexão sobre o poder, a influência da informação e o reconhecimento do alegado fosso entre pessoas que trabalham e a suposta burguesia informada. Partindo do modelo de jogo “Monopoly” como metáfora para a vida e respetiva sobrevivência dos trabalhadores, são expostos os pensamentos, as preocupações, os sentimentos, os ideais e os devaneios de alguém que ambiciona “vencer o jogo”. Porém, a dúvida permanece: é possível ganhar quando os jogadores não utilizam as mesmas regras no ponto de partida? Uma criação do coletivo Jângal. Dramaturgia: Diogo Sottomayor; Interpretação: Sara Marques e Diogo Sottomayor; direção de fotografia e guarda-roupa: Jonas Rocha; direção de cena e produção executiva: David Almeida; espaço cénico: Miguel Valido. Projeto vencedor do concurso de bolsas para artistas, criadores e ativistas lançado pelo Festival Política e pelo IPDJ. Com tradução para Língua Gestual Portuguesa. Reserva aqui lugar.
23h
Cinema- Sessão Corpos Políticos 2
“O Berloque Vermelho”, de André Murraças, 8′ (Portugal)
Um homem recebe de um amigo um berloque em forma de coração para pôr ao pescoço. Quando a jóia desaparece, o homem entra em pânico e não consegue lidar com os sentimentos que o gesto e a perda do berloque lhe suscitam. Num ato louco e sangrento, fará o impensável.
“O Ofício da Ilusão”, de Cláudia Varejão, 6′ (Portugal)
A arte da ilusão é esculpida com imagens de um arquivo familiar dos anos 70 e 80 e clips de som de filmes. Madame Bovary é a heroína de Flaubert e abre os anfitriões deste exercício narrativo. Com base no diálogo de Ema Paiva com o seu amigo e confidente Pedro Lumiares no filme “Vale Abraão”, de Manoel de Oliveira, entendemos a identidade de género como uma caracterização fechada dos valores sociais.
“O Teu Nome É”, de Paulo Patrício, 24′ (Portugal)
O olhar sobre o caso de homicídio de Gisberta Salce Jr., transexual, hiv-positiva, sem-abrigo e toxicodependente que foi brutalmente torturada e violada durante vários dias seguida por um grupo de 14 adolescentes no Porto, Portugal, em 2006. Centrado em temas como a memória, o estatuto social, a violência, a discriminação e a identidade de género, “O Teu Nome É” explora o relato preocupante de dois dos adolescentes condenados, agora jovens, e as memórias dos amigos transexuais de Gisberta, confrontando diferentes perspetivas e dimensões da condição humana.
“Tracing Utopia”, de Catarina de Sousa e Nick Tyson, 20′ (Portugal e Estados Unidos)
Uma viagem virtual pelos sonhos e desejos de um grupo de adolescentes queer de Nova Iorque, uma Geração Z que vê o mundo com olhos diferentes e esperança no futuro. Um filme que ilustra a importância e o poder de encontrar uma comunidade. Sessão M/16. Reserva aqui lugar.
Todos os dias
“Blossom” – exposição de fotografia de Manuel Correia
Corpos vestidos de segredos. Corações cheios de silêncios. Vidas encobertas de véus em nome da conversão. Frases não ditas. Sentimentos e Palavras encrustadas nas paredes da garganta. Olhares não permitidos/silêncios que geram mágoa. Gritos sufocados, cristalizados no tempo e no quadrado/vazio de escuridão. Sussurros de liberdade ousados na angústia de não poder ser. Fotografia de Manuel Correia. Produção – CERCI Braga & Mosaico – Plataforma de projetos inclusivos artísticos e educativos.
“Falsos títulos” – instalação de Rui Sebastian
Provavelmente já antes de Gutenberg o boato dava voz à falsa informação. Com os avanços de Gutenberg, a tipografia democratizou a palavra escrita, que passou a ecoar ideias com muito maior alcance. Os livros, jornais ou revistas que esta arte colocou ao serviço dos povos estão carregados de mentiras, tal como a internet de hoje em dia. Mas não são os tipógrafos, os responsáveis, porque as letras essas não mentem, é o sentido das palavras que mente, é o uso que fazemos das palavras que induz em erro e serve interesses. Aqui se expõem sinónimos e antónimos, utilizados em diferentes contextos desde a imprensa a conversas informais, ora como rótulos depreciativos, ora adjetivos diplomáticos, ora considerações tendenciosas, ora títulos falsos.
Programação para todos os dias: 5 de maio (aqui), 6 de maio (aqui) e 7 de maio (aqui)
Bilhetes: Entrada gratuita. Podes reservar os lugares através do site EventBrite.
Acessibilidades: O Festival Política está a trabalhar a sua acessibilidade e tem um compromisso assumido com a inclusão. Conversas, workshops e espetáculos com Língua Gestual Portuguesa. Todas as sessões de cinema estão legendadas em português – incluindo as de língua portuguesa.
Acessibilidades: O Festival Política está a trabalhar a sua acessibilidade e tem um compromisso assumido com a inclusão. Conversas, workshops e espetáculos com Língua Gestual Portuguesa. Todas as sessões de cinema estão legendadas em português – incluindo as de língua portuguesa.
Centro de Juventude de Braga: Rua de Santa Margarida, 6, Braga. O espaço dispõe de bar, cantina e duas esplanadas.
Conceito: Associação Isonomia
Produção: Produtores Associados
Apoios: Câmara Municipal de Braga, InvestBraga, Centro de Juventude de Braga, Instituto Português do Desporto e Juventude, Comissão Nacional de Eleições, Secretaria de Estado da Cidadania e Igualdade
Parcerias de programação: Parlamento Europeu – Gabinete em Portugal
Media partners: RTP, Antena 1 e Antena 3
Apoio à comunicação: FCB, MOP, CP, Conselho Nacional de Juventude, Centro de Vida Independente, esqrever, dezanove, Federação Portuguesa das Associações de Surdos, Agrupamento de Escolas D. Maria II, Associação Académica da Universidade do Minho, Civitas Braga
Apoio à produção: Profitecla