Programação 17 de Outubro – Braga
O Festival Política regressa a Braga com uma programação de três dias com debates, filmes, performances, música, humor, uma visita guiada e workshop tendo o Ambiente como tema central.
Com as alterações climáticas no centro das reivindicações dos mais jovens e com os poderes públicos e económicos cada vez mais pressionados para mudarem as suas políticas em prol de um desenvolvimento mais sustentável, o festival dará especial atenção ao papel dos cidadãos como agente transformador, sem ignorar o impacto que a pandemia da covid-19 está a ter em todo o mundo. Em 2020 o festival tem pela primeira vez a figura do país-foco, que será o Brasil, e que estará em destaque em vários momentos da programação.
Todas as atividades, salvo indicação contrária no programa, decorrem no Centro de Juventude de Braga (rua de Santa Margarida/Pousada da Juventude). Entrada gratuita. Todos os filmes estão legendados em português. Várias atividades com tradução para língua gestual portuguesa. Lugares marcados. A pedido da Direção Geral de Saúde, recolhemos o nome e contacto telefónico do público do Festival. Apenas será contactado em caso de questões de segurança. Estes dados não terão qualquer outro uso.
10h
Sete Fontes-Bairro da Alegria – visita guiada
O Bairro da Alegria começou a ser construído na década de 40 no século XX pelos próprios moradores. As ruas eram de terra e não existia saneamento público. Como é que eram esses tempos? Como é que os moradores se organizaram para melhorar as suas condições de vida? A visita ao Bairro da Alegria, promovida pelos próprios moradores, permitirá conhecer o interior das Sete Fontes, monumento nacional que constituía a principal fonte de abastecimento de água à cidade. Era também das Sete Fontes que saía a água para o primeiro fontanário que abastecia que as pessoas que viviam no Bairro da Alegria. Ponto de encontro: Retail Park, junto à Norauto. Inscreva-se na visita por e-mail: a.m.b.a.onossobairrosomosnos@gmail.com. Lugares limitados. Obrigatório o uso de máscara durante a visita. Com tradução para Língua Gestual Portuguesa, a pedido no momento da inscrição. Organização: Associação Bairro d’Alegria “O nosso Bairro somos Nós”. Apoio: Agere e Junta de Freguesia de São Victor.
15h
Vencedores dos Green Film Network Awards – cinema
“Mundo Perdido” / “Lost World”, de Kalyanee Mam, 16’ – EUA
Enquanto Singapura retira areia das florestas de mangue do Camboja, a ameaça de extinção paira sobre um ecossistema, um modo de vida comunitário e o relacionamento de uma mulher com o seu lar.
“Frota Fantasma” / “Ghost Fleet”, de Shannon Service e Jeffrey Waldron, 90’ – EUA
A Frota Fantasma segue um pequeno grupo de ativistas que arriscam as suas vidas nas remotas ilhas da Indonésia para encontrar justiça e liberdade para os pescadores escravizados que alimentam o apetite insaciável do mundo por frutos do mar. Patima Tungpuchayakul, abolicionista tailandesa, comprometeu a sua vida a ajudar esses homens “perdidos” a voltar para casa. Diante de doenças, ameaças de morte, corrupção e complacência, a destemida determinação de Patima pela justiça inspira a sua nação e o mundo.
Parceria: Festival CineEco. Bilhete gratuito aqui.
15h30
Educação menstrual e meio ambiente – workshop
Conversa sobre menstruação e o ciclo da mulher com a dra. Maria Liz Coelho, médica interna de ginecologia e obstetrícia no Hospital de Penafiel. Será também exemplificado como criar um penso sustentável.
Quantas mulheres conhece que não sabiam o que estava a acontecer quando assistiram à chegada da sua primeira menstruação, ou que passaram por uma situação constrangedora por causa disso? Nos dias de hoje, a menstruação ainda é tratada como um tabu. Desde muito cedo temos uma ideia negativa do que é a menstruação. Está na altura de mudar a negatividade do discurso Além disso, do ponto de vista ambiental, estima-se que a mulher faça uso de cerca de dez pensos descartáveis em cada ciclo menstrual, e de 10 mil a 15 mil entre a puberdade e a menopausa. Em muitos países não há reciclagem de pensos. Estes demoram até 100 anos para se decompor. Organização: Coletivo Eufémia. Inscrição através do e-mail: coletivoeufemia@gmail.com. Com tradução para Língua Gestual Portuguesa, a pedido no momento da inscrição.
17h30
Augusto Canário e Cândido Miranda – Cantares ao desafio
Augusto Canário e Cândido Miranda, conhecidos cantadores repentistas à moda do Minho, proporcionarão ao público presente, uma sessão de cantares ao desafio, interagindo com a plateia, versejando sobre temas políticos atuais, dando especial destaque aos temas ambientais. Partindo de ideias e palavras propostas pelos espectadores, os cantadores darão largas à sua imaginação e à sua capacidade de improviso, num mescla da tradição musical popular e a realidade política atual. Com tradução para Língua Gestual Portuguesa. Bilhete gratuito aqui.
19h
“Todos nós moramos na rua”, de Marcus Antonius Melo – Prémio Filme do Ano Festival Política 2020, 15′
Documentário sobre pessoas sem abrigo do centro da cidade de Fortaleza, no Brasil. O filme desacelera das turbulências diárias para ouvir os moradores, saber quem são, de onde vêm, o que pensam, reflectindo sobre suas experiências, desejos, conflitos e leituras da situação de rua. Num trajecto que parte do poema “Estouro Brasil” de Wagner Gonçalves (ex-sem abrigo e educador social), o realizador Marcus Antonius Melo constrói-se uma narrativa a partir de entrevistas com três moradores de rua, três perfis que quebram uma visão hegemónica da sociedade para com a sua situação. O realizador estará presente na sessão que será apresentada por Danilo Godoy, responsável pelo coletivo Segunda Segunda. Bilhete gratuito aqui.
21h
Portugal, Brasil, Mundo – cinema
“Mayday”, de Miguel Gaspar, 7′ – Portugal
Mediterrâneo – um mar ou um cemitério? A partir do relato de um voluntário português que realizou missões de resgate marítimo a bordo de um navio de uma ONG alemã durante a atual crise de refugiados no Mediterrâneo, Mayday constrói uma narrativa visual, criando espaço para uma reflexão sobre o drama desta questão humanitária.
“My Hero”, de Danial Shah, 11′ – Portugal
Muhammad Irshad, 42 anos, deixou uma carreira bancária no Paquistão e emigrou para Portugal para proporcionar um futuro melhor ao seu filho Zeelain, de 12 anos. O filme explora as lutas da vida quotidiana de um imigrante cujo filho é o seu principal pilar e meio de integração.
“Eu não sou Pilatus”, de Welket Bungué 11′ – Portugal
Isto é um manifesto. Para nós, entende-se perfeitamente. Este é o Estado em que nos tornámos. No entanto, queremos que os direitos civis sejam respeitados, mas continuamos a manifestar uma espécie de sentimento pelo outro aparentemente inusitado e distante.
“Negrum3”, de Diego Paulino, 20’ – Brasil
Propõe um mergulho na caminhada de jovens negros da cidade de São Paulo. Um ensaio sobre negritude, identidade sexual e aspirações espaciais dos filhos da diáspora. Este será um ponto de partida para questionar o tema da visibilidade da população LGBTI negra em Portugal. Bilhete gratuito para a sessão aqui.
22h30
Venga Venga – concerto
Projeto de Denny Azevedo e Ricardo Don. No cenário cultural do Brasil são conhecidos como agitadores culturais envolvendo-se, dinamizado e organizando várias atividades que refletem as questões raciais e da discriminação. Residentes em Lisboa, rapidamente se envolveram com a nova cena musical da capital lisboeta onde têm uma residência mensal num dos clubs mais icónicos da cidade, o Musicbox. Em 2019 marcaram presença no MaMA Festival&Convention, em Paris, integrados na representação oficial de Portugal como Country Focus do Festival. Bilhete gratuito aqui.
TODOS OS DIAS
“Invasion”, de Roni Sousa – vídeo-performance
Nesta trabalho mistura-se escultura, atividade performática e videoarte. Em quatro blocos de betão celular, instalados sobre uma mesa dentro de uma sala vazia, são projetadas múltiplas telas do performer esculpindo, imagens simultâneas e coreografadas, que buscam investigar os processos humanos de qualidades invasivas sobre a natureza, sobre as imagens, sobre a arte e sobre os sons. No primeiro andar do Centro de Juventude.
“Plastikós”, de Roni Sousa – vídeo-performance
Reflexão sobre as relações do homem com o meio ambiente, através do “plástico” – termo de origem grega, “πλαστικός” (plastikós), que exprime a característica dos materiais quanto à moldabilidade (mudança de forma física) – questionando se somos nós quem o molda ou se é ele quem nos transforma. No primeiro andar do Centro de Juventude.
CONCEITO FESTIVAL POLÍTICA: Associação Isonomia
PRODUÇÃO: Produtores Associados
PARCEIROS INSTITUCIONAIS: Câmara Municipal de Braga, InvestBraga, Centro de Juventude de Braga, Instituto Português da Juventude e Desporto, CineEco – Câmara Municipal de Seia, Secretaria de Estado da Cidadania e Igualdade, Gabinete do Parlamento Europeu em Portugal.
APOIOS: Generalitat de Catalunya – Delegação de Portugal, Junta de Freguesia de São Victor, Agere, Associação Bairro d’Alegria “O nosso Bairro somos Nós”, Associação UAI – União, Apoio e Integração, Segunda Segunda, Escola Profissional Profitecla, FCB Lisboa, Bro, Horto do Campo Grande.
MEDIA PARTNER: RTP