Programação 22 de abril – Lisboa

O Festival Política está de regresso ao São Jorge tendo a Desinformação como tema central e a guerra na Europa como pano de fundo. São quatro dias de filmes, música, debates, performances, espetáculos e conversas dedicados à desinformação enquanto ameaça à democracia, fator de polarização, discriminação e marginalização de grupos populacionais, e elemento que mina a confiança dos cidadãos nos meios de comunicação social e no jornalismo. Todas as atividades são de acesso gratuito e acessíveis (legendagem em português de todos os filmes e tradução para língua gestual portuguesa). PDF com a programação completa do festival aqui (download)

Esta é a programação do dia 22 de abril (sexta-feira).

17h30
Como lidar com o crescimento da extrema-direita em Portugal?
Sala 2 – debate
O debate focar-se-á em como as forças democráticas podem combater a desinformação, o discurso de ódio e esta (nova) extrema-direita no espaço político público. Curadoria: Setenta e Quatro. Participam: Marisa Torres da Silva (professora Auxiliar na NOVA FCSH e investigadora integrada do ICNOVA), Bárbara Reis (jornalista e redatora principal no Público) e Steven Forti (investigador do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa e professor na Universidade Autónoma de Barcelona). Moderação: Carmo Afonso (advogada). Com tradução para Língua Gestual Portuguesa

18h15
Cara a Cara com os Deputados
Foyer/1º andar
Encontro entre cidadãos e deputados representantes dos partidos com assento na Assembleia da República. Durante cinco minutos, os participantes inscritos conversam individualmente com cada deputado sobre um tema, dúvida ou questão. Participam Inês Sousa Real (PAN), Bernardo Blanco (IL), Alexandre Poço (PSD), Rui Tavares (Livre), Pedro Anastácio (PS), Joana Mortágua (BE), Alma Rivera (PCP) e Rita Matias (Chega). Necessária inscrição prévia através do e-mail: participa.politica@gmail.com. Com tradução para Língua Gestual Portuguesa mediante solicitação prévia.

18h30
“My heart is there, my body is here”, de Pedro Cruz e João Doce, 57’ (Portugal)
Sala 3 – Cinema – Sessão Refugiados
Há histórias muito duras que não chegam à maioria das pessoas. Documentário sobre o passado, o presente e o futuro de pessoas com estatuto de refugiado, que procura amplificar a sua voz. Uma produção da Universidade de Coimbra, elaborada no seguimento do Projeto Teachmi.

21h30
“A nossa bandeira jamais será vermelha”, de Pablo Lopez Guelli, 70′ (Brasil)
Sala Manoel de Oliveira – Cinema – Sessão Manipulação da informação
A luta dos jornalistas independentes no Brasil para romper o embargo informativo imposto pelas seis famílias que dominam o sistema de informação do país. Ao examinar a influência da imprensa brasileira nos eventos sócio-políticos que ocorreram entre 2013 e 2019, o filme responde a uma pergunta que intriga o mundo todo: como é que Jair Bolsonaro se tornou presidente do sexto país mais populoso do mundo?

22h
“O jeito que o corpo dá 1.0” – performance de Luan OKUN
Sala 2
Mo.vi.mente.ação na Diáspora, de Luan OKUN. As fugas necessárias para a destruição da norma, e assim da condição de sucesso, de fracasso, de género e racialidade. Colaboração: @yunaturva Proposta vencedora do concurso de bolsas para artistas, criadores e ativistas, lançado pelo Festival Política e pelo Instituto Português de Desporto e Juventude (IPDJ).

23h
“Salazácula”, de Pedro Réquio, 20′
Sala 3 – Cinema – Sessão Ditadura
Uma reflexão visual sobre as semelhanças entre a ditadura de António de Oliveira Salazar e o imaginário clássico do cinema de terror.

TODOS OS DIAS
“Quel Pedra”, de Pauliana Valente Pimentel – exposição
Existe um mito no Mindelo, na ilha de São Vicente, que diz que quem se sentar numa determinada pedra, no bairro de Font Flip, se torna gay. Foi neste bairro que Pauliana Valente Pimentel conheceu Steffy, Edinha, Gi, Elton, Sindji, Susy, Henio e Jason. Com idades compreendidas entre os 17 e os 25 anos, são transgénero.

“Reconstituição Portuguesa” – exposição
Inspirados na técnica de blackout poetry, um coletivo de poetas e ilustradores liderados por Viton Araújo e Diego Tórgo aplicou o infame lápis azul sobre as palavras da Constituição fascista de 1933 até que dela se erguessem, apenas, poemas e ilustrações exaltando os valores de Abril: humanidade, liberdade, justiça, igualdade. Apresentação de algumas páginas do livro “Reconstituição Portuguesa” em versão ampliada, antes de chegar às livrarias.

Acessibilidades: O Festival Política está a trabalhar a sua acessibilidade e tem um compromisso assumido com a inclusão. Se tens uma deficiência ou és Surdo reserva aqui o teu bilhete. Encontra também aqui a informação completa sobre acessibilidade física do espaço e programação com Língua Gestual Portuguesa. Todas as sessões de cinema estão legendadas em português – incluindo as de língua portuguesa. O curso de Tradução e Interpretação de Língua Gestual Portuguesa do Instituto Politécnico de Setúbal é parceiro no acolhimento do público Surdo.

Bilhetes: Entrada gratuita. Atividades para maiores de 12 anos, salvo indicação em contrário. Necessário levantar bilhete no próprio dia. Horário da bilheteira: quinta, sexta-feira, sábado e domingo das 13h até ao início da última sessão.

PROGRAMAÇÃO DE TODOS OS DIAS DO FESTIVAL

Dia 1 (21 de abril) / Dia 2 (22 de abril) / Dia 3 (23 de abril) / Dia 4 (24 de abril)

Conceito: Associação Isonomia
Co-produção: EGEAC e Cinema São Jorge
Produção: Produtores Associados
Apoios: Instituto Português do Desporto e Juventude, Comissão Nacional de Eleições, Secretaria de Estado da Cidadania e Igualdade
Parcerias de programação: Parlamento Europeu – Gabinete em Portugal, Bantumen, Setenta e Quatro
Media Partners: RTP, Antena 1 e Antena 3
Apoio à comunicação: FCB, MOP, CP, Conselho Nacional de Juventude, Centro de Vida Independente, esqrever, dezanove, Federação Portuguesa das Associações de Surdos
Apoio à produção: Instituto Politécnico de Setúbal

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