Programação Braga – 5 de maio

O Festival Política regressa, de 4 a 6 de maio, ao Centro de Juventude de Braga, tendo a Pós-democracia como tema central. São três dias de cinema, performances, música, humor, exposições, visitas guiadas e debates centrados na defesa do sistema democrático e na promoção da cidadania, intervenção cívica e direitos humanos. Aqui fica a programação para o dia 5 de maio.

A entrada é gratuita, mediante lotação das salas ou inscrições.
Atividades para maiores de 12 anos, salvo indicação em contrário.

Descarrega aqui o programa em formato PDF.

O programa inclui seis atividades em que é aconselhada a inscrição prévia. Mais informações aqui.
Para reserva de bilhetes para as atividades no Auditório, clica aqui.

 

16h
Human Power Hub — visita guiada
Ponto de encontro: Rua de São Domingos, nº 94B. O Human Power Hub é um projeto que presta apoio à aceleração e incubação de ideias empreendedoras orientadas para o impacto social, envolvendo cidadãos, organizações da sociedade civil, instituições públicas e comunidade empresarial. Sediado no Seminário de Nossa Senhora da Conceição, próximo do Centro de Juventude de Braga, abre as portas ao Festival Política para uma visita guiada. Uma oportunidade para conhecer por dentro o projeto e outras iniciativas de inovação social. Com interpretação para LGP mediante solicitação prévia através do e-mail participa.politica@gmail.com. 

18h 
“Será o empreendedorismo uma nova forma de ativismo e participação cívica?” — conversa
1º andar – Sala Convívio. Uma conversa sobre empreendedorismo social e projetos que, de facto, têm um impacto positivo na sociedade. A importância do empreendedorismo social como ferramenta para solucionar problemas sociais. Uma oportunidade para inspirar e motivar outros empreendedores sociais em potencial tendo como ponto de partida um projeto de inovação na área da música. Uma conversa conduzida por Carlos de Sousa Santos (Human Power Hub), com a participação de Cláudio Bastos, promotor do projeto Humble Bee Studios. Com interpretação para LGP.

18h30
Cara-a-cara com os/as deputados/as
Receção. Encontro entre cidadãos e deputados/as representantes dos partidos com assento na Assembleia da República. Durante cinco minutos, os participantes inscritos conversam individualmente com cada deputado/a sobre um tema, dúvida ou questão. Inscrições através do e-mail: participa.politica@gmail.com. Com interpretação para LGP mediante solicitação prévia.

18h30 
Oficina de Fala Performativa
1º andar – sala 4. Elaine Vianna leva-nos à descoberta do que se esconde pelo universo poético, libertando a poesia que trazemos dentro agrilhoada. Abordando diferentes técnicas e recursos expressivos para a voz falada, e ao mesmo tempo reforçando diferentes competências performativas. Nesta oficina ocupamos o palco com a força da poesia falada, mas esse é apenas o ponto de partida: a meta desta exploração só a saberemos depois. Inscrições através do e-mail: participa.politica@gmail.com. Com interpretação para LGP mediante solicitação prévia.

18h45  
Humble Bee Studios — DJ
Terraço. Humble Bee é um estúdio de música, hub criativo e projeto de impacto social. É também um coletivo de produção musical, que se foca em apresentar soluções sonoras aos projetos musicais nos quais se envolve. O estúdio nasceu em dezembro de 2021, no pico da pandemia, pelas mãos dos seus fundadores e sócios: Cláudio Bastos aka B Quest e Hugo Martins aka Cálculo. No primeiro ano o projeto foi incubado no Human Power Hub. Agora vai animar o fim de tarde do Festival Política. 

19h 
Sessão “Portugal ao espelho” — cinema
Auditório
“O Rapaz Que Pensava Demais”, Miguel Santos Leonardo, 4’
Um rapaz do mundo moderno vive incapaz de sobreviver dentro da sociedade. Criticando a sociedade atual vive no mesmo paradigma fechado e isolado no seu quarto. Feito um desistente no nosso Planeta Terra durante a pandemia.
“Indefinível”, Bernardo Seixas, 8’
Um manifesto sobre arte pelos olhos de quem a faz. Os questionamentos sobre arte são vários. Numa tentativa de pensar sobre estas questões, um grupo de artistas reflete sobre esses temas enquanto acompanhamos a sua arte em desenvolvimento.
“Nha Fidju”, Diogo Moreira Carvalho, 5’
Um filho sem a mãe, uma mãe sem o filho. Um problema de gerações de afrodescendentes, o seu direito a uma família e a uma casa.
“Que mundo, português?”, António Limpo, 10’
A Exposição do Mundo Português, nesse Portugal grandioso e verdadeiramente pequeno, na hipnose do fascismo e analfabetismo vigente. Do Portugal perfeito ao Portugal imperfeito. Algures entre a Ilusão e a Alheação, que mundo este, português?
“Are We Punks Or Not?”, Telmo Soares, 20’
Nasceram para serem artistas e recusam-se a aceitar que as limitações com que nasceram possam parar os seus sonhos. Com mais de 25 anos como banda, com ensaios semanais, mais de 200 concertos (principalmente em instituições e eventos de inclusão social), houve mudanças no grupo por questões de saúde de alguns membros mas sempre a sonhar com a participação plena como banda.

21h30 
JP Simões, “Canções de José Mário Branco e Outras Cantigas” — concerto
Auditório. Em “Canções de José Mário Branco”, JP Simões presta uma sentida homenagem a José Mário Branco, uma das personalidades que mais marcaram a música portuguesa desde a década de 1960, como cantautor, compositor/arranjador e produtor musical, e que nos deixou em 2019. JP Simões conta neste espetáculo com a preciosa ajuda dos músicos Nuno Ferreira e Marco Santos. Com interpretação para LGP.

Exposições

“AI: A Nova Era do Conhecimento”, de Luís Francisco Borges
De que forma poderão os sistemas de inteligência artificial impactar o julgamento crítico das sociedades? São ou não são, estes sistemas, um atalho ou substituição àquilo que devem ser momentos de pesquisa e reflexão? De que forma podem estes sistemas moldar e/ou enviesar as opiniões das sociedades? Estas são algumas das questões a que a obra “AI: A Nova Era do Conhecimento” se propõe. Proposta vencedora do concurso para jovens artistas, ativistas e criadores, lançada em parceria com o Instituto Português do Desporto e Juventude. 

“Institucionalizado”, de Isabela Marques e Airton Cesar Monteiro
Curadoria: Kriativu
As instituições totais são lugares onde um número considerável de indivíduos na mesma condição leva uma vida conjunta, isolado da sociedade. No caso das prisões, esse isolamento tem a função de proteger a comunidade exterior desses indivíduos. A esse processo de aplicação opressiva de controlo social e às suas consequências chama-se institucionalização. O Paulinho e o Mequinhas, protagonistas desta exposição, foram institucionalizados durante 25 e 37 anos, respetivamente. De forma descontinuada, passaram décadas das suas vidas em diversas instituições prisionais desde a menoridade. Esse processo ter-se repetido múltiplas vezes diz-nos sobre a sua ineficiência. Ou melhor, sobre a sua limitação – assegura apenas a captura de corpos e temporariamente. A institucionalização esvazia, enumera e redistribui os indivíduos para a sociedade sem mudar as condições que os levaram à cárcere em primeiro lugar ou que os mantém como potenciais reincidentes. Quanto aos modelos desta exposição, é a precariedade aliada à sua condição de saúde: toxicodependência. Apesar da brutalização da passagem pela instituição total que é a prisão, lutam para se humanizarem.

“Revelação”
Curadoria: Coolabora
Todas as crianças e jovens têm sonhos. Mas às crianças e jovens ciganos não se lhes reconhece tão facilmente a capacidade de sonhar, de projetar um futuro. Esta exposição de fotografia pretende revelar esses sonhos escondidos pelo preconceito e pela falta de oportunidades. Uma iniciativa da CooLabora, cooperativa de intervenção social da Covilhã, que pretende catalisar diálogos e reflexões sobre os seus direitos, necessidades e recursos individuais e coletivos, sonhos, desejos, expressando assim os desafios e problemáticas que vivenciam nos seus quotidianos. São fotografias que revelam rostos, mas que dão, acima de tudo, voz a uma comunidade que pelo ciclo de exclusão onde se encontra encerrada, é conhecida apenas através da voz e do olhar de outros. E esses outros somos nós.

“Direitos Humanos pelo Olhar dos Jovens de Hoje”
Curadoria: Plataforma do Pandemónio
Resultado de uma Oficina de Artes Visuais (fotografia e ilustração) que a Plataforma do Pandemónio desenvolveu com um grupo dos 13 aos 18 anos no âmbito do projeto Humanizarte, promovido pela OIKOS e financiado pelo programa Partis.

Acessibilidades:

Todas as atividades têm interpretação para língua gestual portuguesa e todos os filmes estão legendados em português. As exposições de fotografia contam com descrição áudio realizada pelos autores/curadores, disponível no Centro de Juventude de Braga e brevemente no site do Festival Política. O Festival Política sensibiliza todos os artistas e participantes a introduzirem as suas apresentações com uma descrição física, do espaço e das suas ações.

Mediante marcação através do email acessibilidades.politica@gmail.com poderá ser organizada uma visita de reconhecimento prévio e aproximação tátil aos espaços de apresentação assim como um encontro com os artistas e participantes. Para garantirmos um melhor acolhimento no Centro de Juventude de Braga, pedimos a todas as pessoas com necessidades específicas que se inscrevam previamente. 

Conceito Festival Política: Associação Isonomia

Apoios: Câmara Municipal de Braga, InvestBraga, Centro de Juventude de Braga, Instituto Português do Desporto e Juventude

Produção: Produtores Associados

Parcerias de programação: Parlamento Europeu – Gabinete em Portugal, Plataforma do Pandemónio, Human Power Hub, Kriativu, CooLabora, MigraMediaActs, Coletivo de Artistas Teatrais Independentes, Disque.pt.

Media partners: RTP e Antena 1

Apoio à comunicação e divulgação: Rádio Universitária do Minho, FCB, Trix, MOP, dezanove, Esqrever, Federação Portuguesa das Associações de Surdos, ACAPO – Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal

Apoio à produção: Profitecla