Programação Coimbra – 15 de novembro
O Festival Política regressa ao Convento São Francisco, em Coimbra, com uma programação que combina cinema, música, performances, oficinas, exposições, humor e conversas. No ano em que se assinalam os 50 anos do Processo Revolucionário em Curso (PREC), estarão em destaque na programação as atuais “Revoluções em Curso”. A entrada é gratuita. Programa completo de Coimbra aqui (PDF). Atividades e espetáculos com interpretação para Língua Gestual Portuguesa. Fica a conhecer a programação do dia 15 de novembro.
15h – Conversa
“Cidades: espaços de desigualdade e resistência”, com António Brito Guterres
[Foyer]
O significado de cidade apela-nos a emancipação, empoderamento, escolha e cidadania. Enquanto nos envolvemos nesse imaginário, promovido pela política, literatura, história, cinema e outros meios de construção narrativa, muitos vão ficando para trás. Na essência, na contemporaneidade, a cidade ainda é um espaço de emancipação? Ou maioritariamente um refúgio para os mais empobrecidos? Há resistências possíveis?
Com interpretação para Língua Gestual Portuguesa.
16h30 – performance
“Dodô ou A Extinção do Amor”, de Matilde de Fachada
[Blackbox]
Uma performance que explora as interseções do teatro com a videoinstalação, com foco na relação entre o corpo, o objeto-vídeo e as memórias. A obra parte da vontade de ouvir histórias reais de mulheres, eternizar essas histórias em vídeo num formato entrevista/desabafo, e a partir desse arquivo de vivências reais, uma atriz em palco tenta recriá-las e reorganizá-las. Projeto vencedor do concurso de bolsas para jovens artistas, ativistas e criadores, promovido pelo Instituto Português do Desporto e Juventude e pelo Festival Política.
Com interpretação para Língua Gestual Portuguesa.
18h – cinema + conversa
“Filhos do Meio – Hip Hop à Margem”, de Luís Almeida, 60’ (Portugal)
[Blackbox]
Este filme conta a história do rap em Almada e no Miratejo, um dos primeiros grandes focos deste género musical em Portugal. Guiados pelos protagonistas que construíram e vivem intensamente o movimento, viajamos pelas suas memórias, histórias e inspirações para conhecer os grandes marcos desta cultura na Margem Sul do Tejo — erguida num território de classes trabalhadoras reivindicativas e politizadas, com uma grande diversidade cultural no pós-25 de Abril. Após a sessão decorre uma conversa com curadoria do jornalista Ricardo Farinha. Participam: Luís Almeida (realizador de ‘Filhos do meio’, Gonçalo Guiné (rapper, beatmaker e produtor) e Carlos Braz (locutor da Rádio Universidade de Coimbra/RUC).
20h45 – conversa
“Portugal em 1975 – Entre a revolução e a mudança” – apresentação
[Foyer]
O fotojornalista Marques Valentim apresenta a exposição de fotografia, patente no foyer do São Jorge, dedicada ao ano de 1975. As fotografias transportam-nos para o coração desse ano intenso, capturando momentos de euforia e incerteza. Entre fotografias icónicas, registos menos conhecidos e imagens inéditas, é um convite à reflexão sobre um dos períodos mais transformadores da história contemporânea do país.
Com interpretação para Língua Gestual Portuguesa.
21h30 – humor
Beatriz Gosta
[Grande Auditório]
Beatriz Gosta apresenta-se num formato especial dedicado ao feminismo e ao combate às discriminações e ao preconceito. Será uma atuação onde os temas que percorrem o seu mais recente espetáculo de stand up, “RESORT”, partilham o palco com as inquietações mais recentes, num formato pensado especialmente para o Festival Política. Beatriz Gosta dispensa apresentações, depois de ganhar vida através de um videoblog em 2015, alcançou um lugar de destaque no meio digital, dando rapidamente o salto para a rádio e televisão. Atingiu grande notoriedade junto do público e conseguiu conquistar os corações de várias gerações com o seu jeito único de ser e abordar até os assuntos mais sensíveis.
Com interpretação para Língua Gestual Portuguesa.
23h – cinema
Sessão Maiores de 18
[Grande Auditório]
“A culpa é da água”, de Ana Leonor Guia, Marta Quintanito Roberto, Ruben Pinto, Tiago Magalhães, 5’ (Portugal)
Gisberta, mulher trans imigrante, recebe a notícia de que é seropositiva. Perde as suas fontes de rendimento e torna-se sem abrigo e toxicodependente. No edifício onde escolhe ter o seu abrigo é abordada por jovens extremamente violentos.
“Rainbow Nation”, de Marieke Dermul, 25’ (África do Sul e Bélgica)
África do Sul, o paraíso queer– ou pelo menos é o que se diz. Conhecemos as imagens do Orgulho de Joanesburgo. A África do Sul é o único país em todo o continente africano onde as pessoas LGBTQIA+ têm direitos iguais e podem casar. No entanto, o contraste entre a Constituição e a realidade quotidiana é gritante. As pessoas queer lutam pelas suas vidas todos os dias. Correm o risco de agressão física, violação ou assassinato. Todos os anos, mais de 500 mulheres lésbicas são violadas devido à sua orientação sexual. No Soweto, no mesmo local onde ocorrem os crimes de ódio, estas pessoas pretendem recuperar as ruas e mostrar que ousam ser elas próprias.
“Les filles c’est fait pour faire l’amour”, de Jeanne Paturle, Cécile Rousset e Jeanne Drouet, 16’ (França)
Filme de animação que segue a investigação de uma socióloga sobre a sexualidade em casais. As entrevistas a mulheres heterossexuais entre os 25 e os 45 anos abordam experiências, desejo e amor, bem como as normas nas relações homem/mulher e os caminhos para a emancipação.
Filmes legendados em português
Entrada gratuita. A partir do dia 7 de novembro podes levantar o teu bilhete gratuito na Bilheteira do Convento São Francisco, diariamente entre as 15h e as 20h. Será permitido o levantamento de 2 bilhetes, por pessoa, mediante a lotação. Não são permitidas reservas.
QUATRO EXPOSIÇÕES NO CONVENTO SÃO FRANCISCO
“Defending Democracy”
A exposição “Defending Democracy” destaca o compromisso da Dinamarca para com um mundo seguro, estável e democrático – enquanto nação soberana e membro ativo da União Europeia. Baseando-se em imagens e histórias pessoais da Ucrânia, a exposição lança luz sobre os desafios que a democracia enfrenta hoje e os esforços internacionais para a proteger, incluindo o apoio civil e militar da Dinamarca a regiões afetadas por conflitos, em particular pela guerra de agressão da Rússia à Ucrânia. A exposição foi desenvolvida pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros Dinamarquês, no âmbito da Presidência Dinamarquesa do Conselho da União Europeia, e é apresentada em Portugal pela Embaixada da Dinamarca, em parceria com a Embaixada da Ucrânia.
“Portugal em 1975 – Entre a revolução e a mudança”, de Marques Valentim
1975 foi um ano decisivo na História de Portugal. A Revolução dos Cravos, ocorrida no ano anterior, abriu caminho para uma sociedade em ebulição, onde os sonhos de liberdade, os conflitos ideológicos e a construção da democracia marcaram o quotidiano dos portugueses. As fotografias de Marques Valentim transportam-nos para o coração desse ano intenso, capturando momentos de euforia e incerteza. Entre fotografias icónicas, registos menos conhecidos e imagens inéditas, é um convite à reflexão sobre um dos períodos mais transformadores da história contemporânea do país.
“50 Anos das Primeiras Eleições Livres em Portugal”
As eleições mais participadas de sempre em Portugal foram para a Assembleia Constituinte, realizadas a 25 de abril de 1975, com uma taxa de participação de 91,66 por cento. Esta exposição assinala meio século das primeiras eleições livres em Portugal, revisitando o contexto político, o processo eleitoral e os resultados.
“Barómetro da Imigração: a perspetiva dos portugueses”
O que pensam os portugueses sobre a imigração e os imigrantes? Querem mais ou menos imigrantes? São os imigrantes todos iguais para os portugueses? A imigração é vista como ameaça ou oportunidade? Nesta exposição, procura-se responder a estas e outras perguntas com base nos dados do último Barómetro da Fundação Francisco Manuel dos Santos dedicado às perceções dos portugueses sobre imigração. Este estudo é da autoria de Rui Costa Lopes (Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa), João António (Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica Portuguesa) e Pedro Góis (Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e Observatório das Migrações).



