Programação Lisboa – 5 de abril
O Festival Política está de regresso ao Cinema São Jorge entre os dias 3 e 5 de abril. A programação do Festival Política combina cinema, performances, música, humor, exposições e conversas de entrada gratuita. Todos os espetáculos e debates têm interpretação para LGP e todos os filmes, incluindo os falados em português, estão legendados em português. Programação completa em formato PDF aqui. Fica a conhecer a programação para dia 5 de abril, sexta-feira.
17h30 – cinema
Sala 3
Sessão Corpos Políticos
“Filhas da Pátria”, de Catarina Almeida, 12’ (Portugal)
Em 1968, Inês uma jovem homossexual de 18 anos, procura a sua emancipação através dos movimentos estudantis quando é proibida de frequentar o curso de Direito.
“Monte Clérigo”, de Luís Campos, 28’ (Portugal)
Um adolescente desperdiça o seu verão com trabalho forçado numa torre de vigia florestal, indiferente aos trabalhadores imigrantes das estufas que o rodeiam.
“Please make it work”, de Daniel Soares, 14’ (Portugal e Suíça)
Cláudia tem que lidar com um chefe exigente, uma filha adolescente e o vento forte das montanhas, enquanto limpa Airbnbs sofisticados nos Alpes Suíços.
“Mistida”, de Falcão Nhaga, 30’ (Portugal)
Uma mãe vai às compras e o peso dos sacos magoa-a. Pede auxílio ao filho que vem para a ajudar a carregar as coisas no caminho até casa. Ao percorrerem a distância, lidam também com as questões que os assolam.
18h30 – conversa-performance
Sala 2
“Troquei conforto por identidade”
O conforto é um privilégio e viver uma identidade pode ser um insulto, pode ser uma agressão, pode ser e gerar violência. Viver pode ser um ato de resistência, pode ser um ato político, pode ser ativismo. Esta é uma conversa com ativação performática à procura do próprio espaço cujo direito continua a ser negado. Conhecer requer a humildade de reconhecer o lugar de fala e o lugar de escuta. Uma conversa moderada por Barbara Pollastri. Participam Batata, Mia Meneses, Carlos Martins e Iruênia Soraya de Oliveira.
21h30 – humor
Sala Manoel de Oliveira
“O que importa é participar” – espetáculo de humor com Hugo Van Der Ding
O que importa, como sabemos, é participar. Ainda que, por vezes, não levemos a taça para casa. A História de Portugal está cheia de participações especiais. Como daquela vez que os padres se passaram com o rei e o puseram a andar (1245). Ou quando o povo de Lisboa mandou o bispo de Lisboa em voo pela janela da Sé (1383). Ou aquela vez em que as fiandeiras do Porto se revoltaram contra o rei, que era espanhol (1629). Ou quando, no Brasil, o Zumbi dos Palmares lançou luta contra os portugueses (1695). Ou quando os trabalhadores das obras do Palácio de Mafra cruzaram os braços até que lhes pagassem o que deviam (1732). Ou quando os pescadores de Olhão se revoltaram contra as tropas dos franceses (1808). Ou quando um grupo de mulheres do Norte quis à força enterrar uma velha numa igreja (1846). Ou quando os tipógrafos de um jornal fazem a primeira greve fabril em Portugal (1849). Ou quando umas curandeiras burlonas chinesas quase derrubaram a República (1911). Ou quando andou tudo à batatada pela falta de batatas (1917). Ou quando, contra a ditadura do Estado Novo, se assaltou um barco (1961), um avião (1961) e um banco (1967). Terminando tudo, faz agora cinquenta anos, num dia inicial inteiro e limpo (1974).
23h15 – performance
Sala 3
“Maçãs podres”
Apresentação da canção de intervenção e performance “Maçãs Podres” sobre violência policial em Portugal, por Francis Salema. Uma reflexão imersiva sobre a índole do trabalho policial e o papel e responsabilidade política da arte no que toca a mobilizar a consciência coletiva necessária à ação social. Ideia vencedora do concurso de bolsas para jovens atribuídas pelo Festival Política e pelo Instituto Português do Desporto e Juventude.
23h15 – cinema
Sala 3
Sessão Maiores de 18
“Will you come with me?”, de Derya Durmaz, 2’ (Alemanha)
Uma pequena história passada em Berlim. A cidade que aparenta ser um território de liberdade, dá uma bofetada na cara no momento das relações mais íntimas.
“Fragments”, de Marie-Lou Béland, 9’ (Canadá)
Vozes de mulheres levantam-se para testemunhar momentos de violência sexual. São fragmentos de experiências que traçam um retrato social.
“Nadie se enamora en un cine porno”, de Varinia Perusin, 9’ (Argentina)
H. é um homem adulto que frequentou cinemas de filmes pornográficos de Mar del Plata durante a maior parte de sua vida. Após uma experiência reveladora, reavalia a forma como se relaciona com a sociedade.
“Maghreb’s hope”, de Bassem Ben Brahim, 24’ (Argélia, Brasil, Marrocos e Tunísia)
Retratos das experiências de pessoas queer do Magrebe, nomeadamente da Líbia, Argélia, Tunísia e Marrocos. São pessoas que, corajosamente, quebraram tabus sociais em torno de seu género e sexualidade, desafiando os sistemas legais, sociais e familiares.
Exposições
História LGBT+ em Portugal
Um panorama histórico da comunidade LGBT+ em Portugal: os desafios que enfrentou ao longo dos anos e os marcos mais importantes na sua luta contínua pela conquista de direitos. Curadoria: Clube Rainbow.
Afinal quantas pessoas se abstêm em Portugal?
Os números oficiais da abstenção apontam sistematicamente para a baixa participação dos portugueses nas eleições. Mas serão estes números um bom retrato da realidade? “Afinal, quantas pessoas se abstêm em Portugal?” baseia-se no estudo preparado por João Cancela, José Santana Pereira e João Bernardo Narciso para a Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS), em que se avalia a magnitude e as causas da abstenção técnica no país, formulando propostas concretas para lidar com este fenómeno.
Polarização afetiva: causas e implicações para o sistema democrático
O conceito de polarização afetiva começou a ser estudado nos Estados Unidos há mais de uma década. A exposição baseia-se em vários papers científicos que têm vindo a ser publicados sobre o fenómeno em vários países, Portugal inclusive, mostrando-se as causas e as implicações que a polarização afetiva tem para o funcionamento dos regimes democráticos. Uma perspetiva de Filipe Pacheco.
MulheresPPT
Esta exposição é uma celebração das mulheres que desempenharam papéis cruciais no cenário político português, enfatizando o protagonismo feminino e seus feitos notáveis na construção da democracia no nosso país. Curadoria: Associação Rua.
Acessibilidades: O Festival Política está a trabalhar a sua acessibilidade e tem um compromisso assumido com a inclusão. Se tens uma deficiência ou és Surdo podes reservar online o teu bilhete. Todas as sessões de cinema estão legendadas em português – incluindo as de língua portuguesa. Os espetáculos e conversas têm interpretação para LGP – confirma na programação os casos em pedimos solicitação prévia de interpretação para LGP. O curso de Tradução e Interpretação de Língua Gestual Portuguesa do Instituto Politécnico de Setúbal é parceiro no acolhimento do público Surdo. Mais informação sobre as acessibilidades no Cinema São Jorge aqui.
Bilhetes: Entrada gratuita. Atividades para maiores de 12 anos, salvo indicação em contrário. Necessário levantar bilhete no próprio dia. Horário da bilheteira: 3 a 5 de abril das 14h até ao início da última sessão.
Programação: 3 de abril; 4 de abril; 5 de abril. 11 filmes para ver no São Jorge.
Conceito: Associação Isonomia
Coprodução: EGEAC e Cinema São Jorge
Produção: Produtores Associados
Apoios: Comissão Nacional de Eleições, Instituto Português do Desporto e Juventude
Parcerias de programação: Parlamento Europeu – Gabinete em Portugal, Mensagem de Lisboa, Associação Rua, Fundação Francisco Manuel dos Santos, Clube Rainbow, Rizoma, Beer&Politics
Media partners: RTP e Antena 1
Apoio à comunicação: FCB Lisboa, Show Off, Comissão Comemorativa 50 Anos 25 Abril, MOP, ACAPO, esqrever, dezanove
Apoio à produção: Instituto Politécnico de Setúbal