Programação Loulé – 23 de outubro
O Festival Política regressa a Loulé com uma programação que combina cinema, música, performances, oficinas, exposições, humor e conversas. No ano em que se assinalam os 50 anos do Processo Revolucionário em Curso (PREC), estarão em destaque na programação as atuais “Revoluções em Curso”. A entrada é gratuita. Atividades e espetáculos com interpretação para Língua Gestual Portuguesa. Programa completo do Festival Política em PDF aqui. No dia 23 de outubro (quinta-feira) todas as atividades decorrem no Cineteatro Louletano, exceto as atividades para público escolar.
17h30 – Inauguração Festival Política
[Foyer Cineteatro Louletano]
Abertura de portas do Cineteatro Louletano para o Festival Política.
18h – Inauguração “Defending Democracy”
[Bar Cineteatro Louletano]
A exposição “Defending Democracy” destaca o compromisso da Dinamarca para com um mundo seguro, estável e democrático – enquanto nação soberana e membro ativo da União Europeia. A exposição foi desenvolvida pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros Dinamarquês, no âmbito da Presidência Dinamarquesa do Conselho da União Europeia, e é apresentada em Portugal pela Embaixada da Dinamarca, em parceria com a Embaixada da Ucrânia. Será servido um Porto de Honra.
18h30 – cinema
“Intercepted”, de Oksana Karpovych, 95’ (Canadá, França e Ucrânia)
[Sala Cineteatro Louletano]
Os serviços de inteligência ucranianos intercetaram milhares de telefonemas feitos por soldados russos do campo de batalha, na Ucrânia, para familiares e amigos na Rússia. Justapostas com imagens da destruição causada pela invasão e da rotina dos ucranianos que resistem e reconstroem o país, as vozes dos militares revelam as dimensões do poder desumanizante da guerra e da natureza imperialista do ataque russo. Documentário nomeado para os Cinema for Peace Awards, Berlinale Documentary Award e LUX Prémio do Público de 2025. Filme exibido em parceria com o Gabinete do Parlamento Europeu em Lisboa. Filme legendado em português. Reserva lugar grátis aqui.
21h – performance
“Relógio”, de Rita Bravo
[Foyer Cineteatro Louletano]
“Relógio” é um manifesto performativo que questiona, desafia e desobedece o tempo como estrutura de opressão. Num mundo onde a produtividade é exaltada como virtude suprema e o tempo foi sequestrado pelas lógicas do lucro, esta obra devolve-lhe a sua pulsação humana. Através da simbiose entre voz, corpo e piano, Relógio encena a fricção entre o dever imposto e o desejo de ser. É uma crítica feroz — mas poética — à cultura da exaustão, aos ritmos impostos por um sistema que valoriza resultados em detrimento do sentir. Aqui, o tempo não é conceito: é patrão, sentença e chicote. E cada verso é uma pequena insurreição. A performance propõe uma revolução íntima e política. Fala da urgência de habitar o tempo com presença e consciência, de resgatar a pausa, o ócio criativo, o direito à emoção. Projeto vencedor do concurso para jovens artistas, ativistas e criadores, promovido pelo Festival Política e pelo Instituto Português do Desporto e Juventude. Com interpretação para Língua Gestual Portuguesa.
21h30 – teatro
“Outro Lear”
[Sala Cineteatro Louletano]
‘Outro Lear’ revisita a clássica tragédia de Shakespeare com uma abordagem singular e intimista, explorando as fragilidades da velhice, a perda e os dilemas humanos. Depois de ter estreado em Brasília, será apresentado em Loulé. O espetáculo apresenta Lear, um velho rei que decide abdicar do trono e repartir seu vasto império entre suas três filhas, deixando a maior parte para aquela que demonstrar maior amor por ele. Goneril e Regiane, as filhas mais velhas, fazem falsas declarações de afeto para conquistar sua herança. Cordelia, a caçula, recusa-se a adular, declarando um amor sincero, mas contido. Indignado, Lear a deserda e distribui o reino entre as filhas mais velhas, impondo a condição de viver alternadamente na casa de cada uma. A tragédia se aprofunda quando Lear descobre as reais intenções de Goneril e Regiane, que tramam juntas para usurpar todo o poder e o abandonam à própria sorte. Acompanhado apenas por seu fiel Bobo — a voz da consciência que insiste em abrir os olhos do rei — Lear mergulha em um abismo de delírios e arrependimentos. Errante e fragilizado, ele enfrenta uma jornada atormentada, dialogando com a natureza indomável, vozes imaginárias e os fragmentos de sua própria memória. “Outro Lear” é um espetáculo que transforma a grandiosidade de uma tragédia real em um íntimo confronto entre a lucidez e o esquecimento, entre o poder e a fragilidade humana. Encenação: Roni Sousa; interpretação: Humberto Pedrancini. Com interpretação para Língua Gestual Portuguesa. Reserva aqui lugar grátis.
Bilhetes: Entrada gratuita. Levantamento de bilhetes para espetáculos e cinema na bilheteira do Cineteatro Louletano ou na BOL Cineteatro Louletano. Lugares sujeitos à lotação do espaço.
QUATRO EXPOSIÇÕES FESTIVAL POLÍTICA EM LOULÉ
“Defending Democracy”
A exposição “Defending Democracy” destaca o compromisso da Dinamarca para com um mundo seguro, estável e democrático – enquanto nação soberana e membro ativo da União Europeia. Baseando-se em imagens e histórias pessoais da Ucrânia, a exposição lança luz sobre os desafios que a democracia enfrenta hoje e os esforços internacionais para a proteger, incluindo o apoio civil e militar da Dinamarca a regiões afetadas por conflitos, em particular pela guerra de agressão da Rússia à Ucrânia. A exposição foi desenvolvida pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros Dinamarquês, no âmbito da Presidência Dinamarquesa do Conselho da União Europeia, e é apresentada em Portugal pela Embaixada da Dinamarca, em parceria com a Embaixada da Ucrânia. Local: 1.º andar do Cineteatro Louletano. Horário: das 10h às 21h.
“Portugal em 1975 – Entre a revolução e a mudança”, de Marques Valentim
1975 foi um ano decisivo na História de Portugal. A Revolução dos Cravos, ocorrida no ano anterior, abriu caminho para uma sociedade em ebulição, onde os sonhos de liberdade, os conflitos ideológicos e a construção da democracia marcaram o quotidiano dos portugueses. As fotografias de Marques Valentim transportam-nos para o coração desse ano intenso, capturando momentos de euforia e incerteza. Entre fotografias icónicas, registos menos conhecidos e imagens inéditas, é um convite à reflexão sobre um dos períodos mais transformadores da história contemporânea do país. Local: foyer do Cineteatro Louletano. Horário: das 10h às 21h.
“50 Anos das Primeiras Eleições Livres em Portugal”
As eleições mais participadas de sempre em Portugal foram para a Assembleia Constituinte, realizadas a 25 de abril de 1975, com uma taxa de participação de 91,66 por cento. Esta exposição assinala meio século das primeiras eleições livres em Portugal, revisitando o contexto político, o processo eleitoral e os resultados. Local: Escola Secundária de Loulé (apenas público escolar).
“Barómetro da Imigração: a perspetiva dos portugueses”
O que pensam os portugueses sobre a imigração e os imigrantes? Querem mais ou menos imigrantes? São os imigrantes todos iguais para os portugueses? A imigração é vista como ameaça ou oportunidade? Nesta exposição, procura-se responder a estas e outras perguntas com base nos dados do último Barómetro da Fundação Francisco Manuel dos Santos dedicado às perceções dos portugueses sobre imigração. Este estudo é da autoria de Rui Costa Lopes (Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa), João António (Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica Portuguesa) e Pedro Góis (Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e Observatório das Migrações). Local: Escola dra. Laura Ayres (Quarteira, apenas público escolar).
ATIVIDADE PARA PÚBLICO ESCOLAR
“O vídeo é (des)informação” (oficina)
Com Duarte Baltasar, jornalista na RTP e formador da Associação Literacia Para os Media e Jornalismo (ALPMJ). No século XXI, o digital é político e a desinformação uma das maiores ameaças. Este cenário, inédito na história da democracia, tem aberto portas à manipulação da informação e o vídeo e o som, enquanto elementos do contexto comunicacional, não estão livres de perigo. A proposta desta oficina é uma reflexão em torno destes temas, recorrendo ao vídeo, num caso, e ao som, no outro, como meios condutores para demonstrar o que distingue a ética e o processo de verificação do jornalismo de outros conteúdos, disseminados nomeadamente através das redes sociais, no sentido de promover o pensamento crítico e uma cidadania ativa.
Coprodução: Festival Política e Município de Loulé
Conceito: Associação Isonomia
Produção: Produtores Associados
Apoios: Instituto Português do Desporto e Juventude, Comissão Nacional de Eleições, Parlamento Europeu – Gabinete em Portugal
Parcerias de programação: Fundação Francisco Manuel dos Santos, Associação Literacia Para os Media e Jornalismo, Embaixada da Dinamarca em Lisboa, Casa Memória Século XX
Media partners: RTP e Antena 1
Apoio à comunicação: FCB Lisboa, Show Off, Comissão Comemorativa 50 Anos 25 Abril, ACAPO, esqrever, dezanove



