Programação Loulé – 25 de outubro
O Festival Política regressa a Loulé com uma programação que combina cinema, música, performances, oficinas, exposições, humor e conversas. No ano em que se assinalam os 50 anos do Processo Revolucionário em Curso (PREC), estarão em destaque na programação as atuais “Revoluções em Curso”. A entrada é gratuita. Atividades e espetáculos com interpretação para Língua Gestual Portuguesa. Programa completo do Festival Política em PDF aqui. No dia 25 de outubro (sábado) as atividades decorrem na Casa da Memória do Século XX, junto ao Café Calcinha e no Cineteatro Louletano.
15h – visita guiada
Visita orientada à exposição “A Revolução da Esperança – Memórias do 25 de Abril no Concelho de Loulé”
[Ponto de encontro Casa da Memória do Século XX, Loulé]
Nesta visita orientada pela Exposição “A Revolução da Esperança – Memórias do 25 de Abril no Concelho de Loulé”, dar-se-ão a conhecer os testemunhos de quem, neste território, vivenciou a transição da ditadura para a democracia. Será dado especial enfoque à participação cívica e democrática da comunidade louletana, encorajada pela então empossada Comissão Administrativa, pelos vários partidos políticos ou pelos representantes do MFA no âmbito da Campanha de Dinamização Cultural. Essa participação manifestou-se em ações coletivas para a resolução dos problemas que afetavam a vida das comunidades, mas também por uma entusiástica afluência às urnas nas eleições de 1975 e 1976. Visita a cargo de Daniel Giebels. Número limitado de lugares. Inscrição: participa.politica@gmail.com. Se necessitares de interpretação para Língua Gestual Portuguesa, indica-o no momento da inscrição.
16h30 – cinema e debate
“Filhos do Meio – Hip Hop à Margem”, de Luís Almeida, 60’ (Portugal)
[Sala Cineteatro Louletano]
Este filme conta a história do rap em Almada e no Miratejo, um dos primeiros grandes focos deste género musical em Portugal. Guiados pelos protagonistas que construíram e vivem intensamente o movimento, viajamos pelas suas memórias, histórias e inspirações para conhecer os grandes marcos desta cultura na Margem Sul do Tejo — erguida num território de classes trabalhadoras reivindicativas e politizadas, com uma grande diversidade cultural no pós-25 de Abril. Após a sessão, segue-se um debate moderado por Ricardo Farinha, com a participação de Perigo Público e Petr Gdsoon. Reserva de lugar grátis aqui.
18h30 – música
Fauna
[Café Calcinha]
Influências do reggae fazem a banda Fauna ser mais do que música: é encontro, travessia, ponte entre culturas e que utilizam a música também como um canal de consciencialização cultural e social. Cantam sobre fronteiras, identidade, pertença, liberdade e paz, construindo um som que não se limita ao entretenimento, mas que convida à reflexão e ao movimento. Acredita que a arte é uma ferramenta indispensável na busca de um mundo mais plural, justo e humano. Projeto vencedor do concurso para jovens artistas, ativistas e criadores, promovido pelo Festival Política e pelo Instituto Português do Desporto e Juventude.
21h – humor
Beatriz Gosta
[Sala Cineteatro Louletano]
Beatriz Gosta apresenta-se num formato especial dedicado ao feminismo e ao combate às discriminações e ao preconceito. Será uma atuação onde os temas que percorrem o seu mais recente espetáculo de stand up, “RESORT”, partilham o palco com as inquietações mais recentes, num formato pensado especialmente para o Festival Política. Beatriz Gosta dispensa apresentações, depois de ganhar vida através de um videoblog em 2015, alcançou um lugar de destaque no meio digital, dando rapidamente o salto para a rádio e televisão. Atingiu grande notoriedade junto do público e conseguiu conquistar os corações de várias gerações com o seu jeito único de ser e abordar até os assuntos mais sensíveis. Reserva de lugar grátis aqui.
22h45 – cinema
Sessão Maiores de 18
[Sala Cineteatro Louletano] Reserva lugar grátis aqui.
“Cruising”, de Nadir Sonmez, 7’ (Turquia)
A cultura do sexo gay ao ar livre continua a ser preservada num parque anónimo em Istambul. À noite, a câmara segue a coreografia do “cruising”, um narrador faz um relato formal e os corpos estão em ausência. É uma etnografia da luxúria masculina no escuro. Curta-metragem selecionada para o Rotterdam Film Festival e para a New MoMA Doc Fortnight 2025. O realizador Nadir Sonmez estará presente na sessão.
“A culpa é da água”, de Ana Leonor Guia, Marta Quintanito Roberto, Ruben Pinto, Tiago Magalhães, 5’ (Portugal)
Gisberta, mulher trans imigrante, recebe a notícia de que é seropositiva. Perde as suas fontes de rendimento e torna-se sem abrigo e toxicodependente. No edifício onde escolhe ter o seu abrigo é abordada por jovens extremamente violentos.
“Rainbow Nation”, de Marieke Dermul, 25’ (África do Sul e Bélgica)
África do Sul, o paraíso queer– ou pelo menos é o que se diz. Conhecemos as imagens do Orgulho de Joanesburgo. A África do Sul é o único país em todo o continente africano onde as pessoas LGBTQIA+ têm direitos iguais e podem casar. No entanto, o contraste entre a Constituição e a realidade quotidiana é gritante. As pessoas queer lutam pelas suas vidas todos os dias. Correm o risco de agressão física, violação ou assassinato. Todos os anos, mais de 500 mulheres lésbicas são violadas devido à sua orientação sexual. No Soweto, no mesmo local onde ocorrem os crimes de ódio, estas pessoas pretendem recuperar as ruas e mostrar que ousam ser elas próprias.
“Les filles c’est fait pour faire l’amour”, de Jeanne Paturle, Cécile Rousset e Jeanne Drouet, 16’ (França)
Filme de animação que segue a investigação de uma socióloga sobre a sexualidade em casais. As entrevistas a mulheres heterossexuais entre os 25 e os 45 anos abordam experiências, desejo e amor, bem como as normas nas relações homem/mulher e os caminhos para a emancipação.
Bilhetes: Entrada gratuita. Levantamento de bilhetes para espetáculos e cinema na bilheteira do Cineteatro Louletano ou na BOL Cineteatro Louletano. Lugares sujeitos à lotação do espaço.
QUATRO EXPOSIÇÕES FESTIVAL POLÍTICA EM LOULÉ
“Defending Democracy”
A exposição “Defending Democracy” destaca o compromisso da Dinamarca para com um mundo seguro, estável e democrático – enquanto nação soberana e membro ativo da União Europeia. Baseando-se em imagens e histórias pessoais da Ucrânia, a exposição lança luz sobre os desafios que a democracia enfrenta hoje e os esforços internacionais para a proteger, incluindo o apoio civil e militar da Dinamarca a regiões afetadas por conflitos, em particular pela guerra de agressão da Rússia à Ucrânia. A exposição foi desenvolvida pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros Dinamarquês, no âmbito da Presidência Dinamarquesa do Conselho da União Europeia, e é apresentada em Portugal pela Embaixada da Dinamarca, em parceria com a Embaixada da Ucrânia. Local: 1.º andar do Cineteatro Louletano. Horário: das 10h às 21h.
“Portugal em 1975 – Entre a revolução e a mudança”, de Marques Valentim
1975 foi um ano decisivo na História de Portugal. A Revolução dos Cravos, ocorrida no ano anterior, abriu caminho para uma sociedade em ebulição, onde os sonhos de liberdade, os conflitos ideológicos e a construção da democracia marcaram o quotidiano dos portugueses. As fotografias de Marques Valentim transportam-nos para o coração desse ano intenso, capturando momentos de euforia e incerteza. Entre fotografias icónicas, registos menos conhecidos e imagens inéditas, é um convite à reflexão sobre um dos períodos mais transformadores da história contemporânea do país. Local: foyer do Cineteatro Louletano. Horário: das 10h às 21h.
“50 Anos das Primeiras Eleições Livres em Portugal”
As eleições mais participadas de sempre em Portugal foram para a Assembleia Constituinte, realizadas a 25 de abril de 1975, com uma taxa de participação de 91,66 por cento. Esta exposição assinala meio século das primeiras eleições livres em Portugal, revisitando o contexto político, o processo eleitoral e os resultados. Local: Escola Secundária de Loulé (apenas público escolar).
“Barómetro da Imigração: a perspetiva dos portugueses”
O que pensam os portugueses sobre a imigração e os imigrantes? Querem mais ou menos imigrantes? São os imigrantes todos iguais para os portugueses? A imigração é vista como ameaça ou oportunidade? Nesta exposição, procura-se responder a estas e outras perguntas com base nos dados do último Barómetro da Fundação Francisco Manuel dos Santos dedicado às perceções dos portugueses sobre imigração. Este estudo é da autoria de Rui Costa Lopes (Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa), João António (Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica Portuguesa) e Pedro Góis (Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e Observatório das Migrações). Local: Escola dra. Laura Ayres (Quarteira, apenas público escolar).
Coprodução: Festival Política e Município de Loulé
Conceito: Associação Isonomia
Produção: Produtores Associados
Apoios: Instituto Português do Desporto e Juventude, Comissão Nacional de Eleições, Parlamento Europeu – Gabinete em Portugal
Parcerias de programação: Fundação Francisco Manuel dos Santos, Associação Literacia Para os Media e Jornalismo, Embaixada da Dinamarca em Lisboa, Casa Memória Século XX
Media partners: RTP e Antena 1
Apoio à comunicação: FCB Lisboa, Show Off, Comissão Comemorativa 50 Anos 25 Abril, ACAPO, esqrever, dezanove



