Espetáculos, exposições e instalação a não perder em Coimbra

Fica a conhecer os espetáculos, exposições e instalação que integram a programação do Festival Política 2024 de Coimbra, que decorre entre os dias 21 e 23 de novembro. Todos os espetáculos decorrem no Convento São Francisco, exceto o showcase de Lucas Pina, e têm interpretação para LGP. Entrada gratuita. Programa completo aqui (download).

• Lucas Pina. O cantor são-tomense Lucas Pina tornou-se conhecido do grande público depois da participação no Got Talent Portugal, com Rapazes do Milongo em dupla com Moreno. Lançou no dia 8 de março, “Mamã”, uma ode às ações e gestos da mãe para os seus filhos. Ao longo do ano irá lançar mais músicas onde explora os temas da saudade, superação e transição para a vida adulta. Atua na Praça 8 de Maio, em frente ai edifício da Câmara Municipal, 21 de novembro, 18h.
• Luta Livre. Depois de projetos como Peste & Sida, Despe e Siga ou A Naifa, é em Luta Livre que Luís Varatojo olha para a sociedade de forma acutilante, fazendo da cantiga a sua arma. Neste 2024, irá celebrar os 50 anos da Revolução dos Cravos com um novo espetáculo especialmente criado para a efeméride, com forte impacto visual, apresentando ao vivo os temas dos álbuns “Técnicas de Combate” (2021) e “Defesa Pessoal” (2023). 22 de novembro, 21h30.
• Dar Voz à Sombra. É um projeto musical que pretende trazer a palco ideias e emoções de pessoas que vivem na penumbra da sociedade. Uma obra de três andamentos (a Escuridão, a Pessoa e a Luz), para soprano e piano, com música, letra e voz de Catarina Pastilha, acompanhada ao piano por Raquel Resende. Projeto vencedor do concurso de bolsas para jovens artistas, ativistas e criadores desenvolvido pelo Festival Política e pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). 23 de novembro, 17h45.
• AMI.LCAR. É um espetáculo inspirado na vida e obra do pensador de um dos maiores líderes de todos os tempos ⎯ Amílcar Cabral. Num exercício de extensão do seu legado, o artista Djam Neguin ficciona episódios da sua existência e da sua ideologia emancipatória, anticolonial e ecológica, a partir do uso de dispositivos multimédia e da inteligência artificial, tensionando o real e o virtual, o humano e o pós-humano. 23 de novembro, 18h30.
• O que importa é participar – o novo espetáculo de Hugo van der Ding. O que importa, como sabemos, é participar. Ainda que, por vezes, não levemos a taça para casa. A História de Portugal está cheia de participações especiais. Como daquela vez que os padres se passaram com o rei e o puseram a andar (1245). Ou quando o povo de Lisboa mandou o bispo de Lisboa em voo pela janela da Sé (1383). Ou aquela vez em que as fiandeiras do Porto se revoltaram contra o rei, que era espanhol (1629). Ou quando, no Brasil, o Zumbi dos Palmares lançou a luta contra os portugueses (1695). 23 de novembro, 21h30.

Durante os três dias do Festival Política, encontras no Convento São Francisco três exposições e uma instalação artística que têm como mote o tema do festival em 2024: Intervenção.

• História LGBT+ em Portugal. Um panorama histórico da comunidade LGBT+ em Portugal: os desafios que enfrentou ao longo dos anos e os marcos mais importantes na sua luta contínua pela conquista de direitos. Curadoria: Clube Rainbow.
•Afinal quantas pessoas se abstêm em Portugal? Os números oficiais da abstenção apontam sistematicamente para a baixa participação dos portugueses nas eleições. Mas serão estes números um bom retrato da realidade? “Afinal, quantas pessoas se abstêm em Portugal?” baseia-se no estudo preparado por João Cancela, José Santana Pereira e João Bernardo Narciso para a Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS), em que se avalia a magnitude e as causas da abstenção técnica no país, formulando propostas concretas para lidar com este fenómeno.
• Polarização afetiva: causas e implicações para o sistema democrático. O conceito de polarização afetiva começou a ser estudado nos Estados Unidos há mais de uma década. A exposição baseia-se em vários papers científicos que têm vindo a ser publicados sobre o fenómeno em vários países, Portugal inclusive, mostrando-se as causas e as implicações que a polarização afetiva tem para o funcionamento dos regimes democráticos. Uma perspetiva de Filipe Pacheco.
• Nunca tantos deveram a tão poucos. Perante a crise habitacional que assombra o contexto nacional, fator que aprofunda a precariedade no acesso à educação, as repúblicas de Coimbra prevalecem como polos socioculturais resistentes numa luta contra a gentrificação e a evaporação dos seus pontos de encontro. A instalação pretende explorar o seu passado, presente e futuro, refletindo sobre as possibilidades de continuidade, sustentabilidade e sobrevivência destes espaços. Uma instalação da autoria de Sara Folhas. Projeto vencedor do concurso de bolsas para jovens artistas, ativistas e criadores desenvolvido pelo Festival Política e pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ).

Programação: 21 de novembro | 22 de novembro | 23 de novembro

Bilhetes:  A partir do dia 12 de novembro podes levantar o teu bilhete gratuito na Bilheteira do Convento São Francisco, diariamente, entre as 15h e as 20h. É permitido o levantamento de dois bilhetes, por pessoa, mediante a lotação. Não são permitidas reservas.
Acessibilidades: Espetáculos e conversas com interpretação para LGP. Todos os filmes estão legendados em português, incluindo os portugueses. Mais informação aqui.