Programação Braga – 6 e 7 de maio
O Festival Política regressa a Braga de 6 a 10 de maio, com cinema, performances, música, humor, exposições e conversas. Entrada gratuita. A edição deste ano integra a programação do Sexual Theatre — Feminist Readings of Classics, projeto da Braga 25 – Capital Portuguesa da Cultura. Acede aqui à programação completa (formato PDF). Confirma a programação para os dias 6 e 7 de maio. As atividades decorrer no Centro de Juventude e no Theatro Circo.
6 de maio – terça-feira
19h – conversa
Conversa pública sobre “Sai e Luta?”
Theatro Circo
Conversa com Stela Mišković, Lajla Kaikcija, Alícia Widermann e Tatiana Mendes (UMAR Braga), moderada por Ana Gabriela Macedo e integrada no projeto de cooperação Sexual Theatre — Feminist Readings of Classics.
21h30 – espetáculo
“Sai e Luta?”, de Lajla Kaikcija
Theatro Circo | pequeno auditório
Marco histórico do feminismo e da construção da democracia em Portugal na década de 1970, “Novas Cartas Portuguesas”, de Maria Isabel Barreto, Maria Velho da Costa e Maria Teresa Horta, é o ponto de partida deste espetáculo, que pretende fazer uma reinterpretação contemporânea do legado das três Marias. O título da peça é em si mesmo uma questão. Sai e Luta?, pergunta a dramaturga Stela Mišković, a partir de uma das histórias reais que recolheu para este texto: uma heroína que suporta múltiplas humilhações, tanto dos abusadores como daqueles que têm a obrigação de a proteger.
Texto: Stela Mišković; tradução: Tamina Šop; direção: Lajla Kaikcija; interpretação: Inês Filipe, Inês Lago, David Salvado e Joana Maria; assistência à direção e produção executiva: Inês Guedes Pereira; desenho de luz: Luís Silva; sonoplastia: Mariana Soares; assistência à direção e apoio linguístico: Tamina Šop; figurinos, adereços e cenografia: Anja de Salles e Catarina Brandão. Espetáculo integrado no projeto de cooperação Sexual Theatre — Feminist Readings of Classics.
Espetáculo em português com legendas em inglês.
7 de maio – quarta-feira
18h – oficina
Oficina “O digital é político”
Centro de Juventude de Braga | sala formação 4
No século XXI, o digital é território político, os dados são matéria-prima de poder e a desinformação é uma estratégia de manipulação global. Vivemos imersos em fluxos visuais que moldam perceções e crenças — muitas vezes sem que nos apercebamos disso. Quando as maiores fortunas do planeta pertencem a figuras como Elon Musk, Jeff Bezos, Mark Zuckerberg, Bill Gates, Sergey Brin e Larry Page — líderes de impérios digitais que recolhem e exploram os nossos dados — percebemos que o centro de gravidade do poder já não habita nos parlamentos, mas nos servidores das grandes empresas tecnológicas.
Este novo regime visual levanta questões urgentes sobre como vemos, o que vemos e o que nos é invisibilizado. A manipulação de imagens, os algoritmos de recomendação e os discursos visuais nas redes sociais constroem narrativas que, muitas vezes, substituem a realidade.
Esta oficina propõe uma leitura crítica da cultura visual digital contemporânea, explorando casos concretos de desinformação imagética e oferecendo ferramentas para uma cidadania mais consciente e ativa. Porque ver não é apenas olhar — é interpretar, questionar e resistir.
Formação: Vanessa Ribeiro Rodrigues, Associação Literacia Para os Media e Jornalismo (ALPMJ).
Inscrição prévia através do e-mail: participa.politica@gmail.com.
Com tradução para Língua Gestual Portuguesa mediante solicitação prévia.
19h – conversa
Conversa pública sobre “As Vivas”
Centro de Juventude de Braga | sala-convívio
Conversa com a equipa e convidadas, moderada por Ana Gabriela Macedo e Francesca Rayner, e integrada no projeto de cooperação Sexual Theatre — Feminist Readings of Classics.
21h30 – espetáculo
“As Vivas”, de Júlio Cerdeira
Centro de Juventude de Braga | auditório
Mara Milosnica é a protagonista de um conto de Ivo Andric, escritor bósnio galardoado com o Prémio Nobel da Literatura em 1961. E Mara é também uma personagem-chave da peça As Vivas, de Aïcha Euzet, levada a palco por Júlio Cerdeira. A sua história desafortunada ecoa os horrores sofridos nos anos 1990 pelas mulheres muçulmanas que foram encarceradas por soldados das forças armadas sérvias em “casas de violação”. Adila, a protagonista, espelha a vida de Mara: é submetida às mais horríveis torturas e o tempo dilata-se, enquanto imagina que o rio Milijacka enche, transborda e inunda Sarajevo.
Texto: Aïcha Euzet; tradução: Melisa Begović; direção, cenografia e coreografia: Júlio Cerdeira; figurinos: Ena Begičević-Čeliković; música: Igor Kasapović; interpretação: Adna Kaknjo, Tamara Miličević-Stilić e Mirza Bajramović; produção: Miroljub Mijatović; produção executiva: Denis Krdžalić; ssistência à produção: Dunja Pašajlić e Haris Mujčić. Espetáculo integrado no projeto de cooperação Sexual Theatre — Feminist Readings of Classics.
Espetáculo em bósnio com legendas em inglês e português.
Bilhetes: Entrada gratuita. Para as atividades no auditório do Centro de Juventude é necessário reservar lugar na plataforma Eventbrite ou na bilheteira do Centro de Juventude (253 148 682). Para os espetáculos do Theatro Circo, bilhetes gratuitos nas bilheteiras do Theatro Circo e do gnration.
Exposições no Centro de Juventude de Braga
“Portugal em 1975 – Entre a revolução e a mudança”, de Marques Valentim
“50 Anos das Primeiras Eleições Livres em Portugal”
“Barómetro da Imigração: a perspetiva dos portugueses”
“O que sopra aqui, hoje”, de Zenha Preto
Exposição na Universidade do Minho, Gualtar, CP1
História LGBT+ em Portugal
Conceito: Associação Isonomia Apoios: Câmara Municipal de Braga, InvestBraga, Centro de Juventude de Braga, Comissão Nacional de Eleições, Instituto Português do Desporto e Juventude Produção: Produtores Associados Parcerias de programação: Parlamento Europeu – Gabinete em Portugal, Fundação Francisco Manuel dos Santos, Associação Literacia Para os Media e Jornalismo, Braga 25 – Capital Portuguesa da Cultura, Ritual de Domingo-Associação Artística Media partners: RTP e Antena 1 Apoio à comunicação: FCB Lisboa, Show Off, Comissão Comemorativa 50 Anos 25 Abril, MOP, ACAPO, esqrever, dezanove