Programação Loulé – 24 de outubro
O Festival Política regressa a Loulé com uma programação que combina cinema, música, performances, oficinas, exposições, humor e conversas. No ano em que se assinalam os 50 anos do Processo Revolucionário em Curso (PREC), estarão em destaque na programação as atuais “Revoluções em Curso”. A entrada é gratuita. Atividades e espetáculos com interpretação para Língua Gestual Portuguesa. No dia 24 de outubro (sexta-feira) as atividades decorrem no Palácio Gama Lobo e no Cineteatro Louletano, exceto as atividades para público escolar.
18h
Oficina de combate à desinformação digital
[Palácio Gama Lobo]
No século XXI, o digital é político e a desinformação uma das maiores ameaças. Este cenário, inédito na história da democracia, tem aberto portas à manipulação da informação e o vídeo e o som, enquanto elementos do contexto comunicacional, não estão livres de perigo. A proposta desta oficina é uma reflexão em torno destes temas, recorrendo ao vídeo, num caso, e ao som, no outro, como meios condutores para demonstrar o que distingue a ética e o processo de verificação do jornalismo de outros conteúdos, disseminados nomeadamente através das redes sociais, no sentido de promover o pensamento crítico e uma cidadania ativa. Formação: Associação Literacia Para os Media e Jornalismo (ALPMJ). Número limitado de lugares. Inscrição: participa.politica@gmail.com. Se necessitares de interpretação para Língua Gestual Portuguesa, indica-o no momento da inscrição.
20h45 – apresentação
“Portugal em 1975 – Entre a revolução e a mudança”
[foyer Cineteatro Louletano]
O fotojornalista Marques Valentim apresenta a exposição de fotografia, patente no foyer do Cineteatro Louletano, dedicada ao ano de 1975. As fotografias transportam-nos para o coração desse ano intenso, capturando momentos de euforia e incerteza. Entre fotografias icónicas, registos menos conhecidos e imagens inéditas, é um convite à reflexão sobre um dos períodos mais transformadores da história contemporânea do país.
21h – música
Luca Argel apresenta “PREC: Pequenas Revoluções no Coração”
[Cineteatro Louletano]
“Como pode a música transformar o mundo?” — é uma das perguntas que mais recebo por aí. Sendo um compositor que pensa e escreve canções de intervenção, a resposta que ofereço é contra-intuitiva: a música não pode transformar o mundo. A música transforma, isso sim, o indivíduo. É essa a escala do seu poder. E dentro dessa escala, ela pode mesmo ser revolucionária. Nesta apresentação, a que chamei carinhosamente “PREC – Pequenas Revoluções no Coração”, alinhavei um conjunto de canções e pensamentos que carrego comigo como a recordação constante de que o agente transformador desse mundo sou eu, tu, nós. A revolução começa sempre cá dentro.” Com interpretação para Língua Gestual Portuguesa.
22h30 – cinema
“Por ti, Portugal, eu juro!”, de Diogo Cardoso e Sofia da Palma Rodrigues, 90’ (Portugal e Guiné-Bissau)
[Cineteatro Louletano]
Durante a Guerra Colonial, milhares de africanos combateram ao lado de Portugal e arriscaram a vida por uma pátria que acreditavam ser a sua. A mesma pátria que, depois da Revolução de Abril, os abandonou à sua sorte. 50 anos depois, os Comandos Africanos da Guiné continuam a reivindicar as pensões de sangue e invalidez que lhes foram prometidas. Este grupo foi a única tropa de elite do Exército português integralmente constituída por pessoas negras, pessoas que tomaram a dianteira das operações mais difíceis e protegeram os militares oriundos da metrópole. Reivindicam, até hoje, um lugar na História. Contam relatos de guerra, perseguição e morte. Dizem-se abandonados e traídos por um Estado que os usou, explorou e, por fim, descartou. Prémio do Público Melhor Filme Português e Prémio do Público Direitos e Liberdades no DocLisboa 2025. Filme legendado em português.
ATIVIDADE PARA PÚBLICO ESCOLAR
Oficina “O som é (des)informação”
Com Maria Augusta Casaca, jornalista na TSF e formadora da Associação Literacia Para os Media e Jornalismo (ALPMJ). No século XXI, o digital é político e a desinformação uma das maiores ameaças. Este cenário, inédito na história da democracia, tem aberto portas à manipulação da informação e o vídeo e o som, enquanto elementos do contexto comunicacional, não estão livres de perigo. A proposta desta oficina é uma reflexão em torno destes temas, recorrendo ao vídeo, num caso, e ao som, no outro, como meios condutores para demonstrar o que distingue a ética e o processo de verificação do jornalismo de outros conteúdos, disseminados nomeadamente através das redes sociais, no sentido de promover o pensamento crítico e uma cidadania ativa.
QUATRO EXPOSIÇÕES FESTIVAL POLÍTICA EM LOULÉ
“Portugal em 1975 – Entre a revolução e a mudança”, de Marques Valentim
1975 foi um ano decisivo na História de Portugal. A Revolução dos Cravos, ocorrida no ano anterior, abriu caminho para uma sociedade em ebulição, onde os sonhos de liberdade, os conflitos ideológicos e a construção da democracia marcaram o quotidiano dos portugueses. As fotografias de Marques Valentim transportam-nos para o coração desse ano intenso, capturando momentos de euforia e incerteza. Entre fotografias icónicas, registos menos conhecidos e imagens inéditas, é um convite à reflexão sobre um dos períodos mais transformadores da história contemporânea do país.
“50 Anos das Primeiras Eleições Livres em Portugal”
As eleições mais participadas de sempre em Portugal foram para a Assembleia Constituinte, realizadas a 25 de abril de 1975, com uma taxa de participação de 91,66 por cento. Esta exposição assinala meio século das primeiras eleições livres em Portugal, revisitando o contexto político, o processo eleitoral e os resultados.
“Barómetro da Imigração: a perspetiva dos portugueses”
O que pensam os portugueses sobre a imigração e os imigrantes? Querem mais ou menos imigrantes? São os imigrantes todos iguais para os portugueses? A imigração é vista como ameaça ou oportunidade? Nesta exposição, procura-se responder a estas e outras perguntas com base nos dados do último Barómetro da Fundação Francisco Manuel dos Santos dedicado às perceções dos portugueses sobre imigração. Este estudo é da autoria de Rui Costa Lopes (Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa), João António (Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica Portuguesa) e Pedro Góis (Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e Observatório das Migrações).
“Defending Democracy”
A exposição “Defending Democracy” destaca o compromisso da Dinamarca para com um mundo seguro, estável e democrático – enquanto nação soberana e membro ativo da União Europeia. Baseando-se em imagens e histórias pessoais da Ucrânia, a exposição lança luz sobre os desafios que a democracia enfrenta hoje e os esforços internacionais para a proteger, incluindo o apoio civil e militar da Dinamarca a regiões afetadas por conflitos, em particular pela guerra de agressão da Rússia à Ucrânia. A exposição foi desenvolvida pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros Dinamarquês, no âmbito da Presidência Dinamarquesa do Conselho da União Europeia, e é apresentada em Portugal pela Embaixada da Dinamarca, em parceria com a Embaixada da Ucrânia.