Vencedores do concurso de bolsas Festival Política/IPDJ 2024
Todos os anos o Festival Política e o Instituto Português do Desporto e Juventude lançam um desafio à comunidade jovem dos distritos onde decorre o Festival Política. Trata-se do concurso de bolsas para jovens artistas, ativistas e criadores cujas propostas vencedoras integram a programação do Festival Política. Fica a conhecer os vencedores das edições de Lisboa, Braga e Loulé, Coimbra.
As bolsas têm por objetivo fomentar e apoiar a criação artística e intervenção cívica de jovens. Podem ser atribuídas nas modalidades de literatura, música, artes performativas, artes plásticas, vídeo ou de formação (workshop). Cada bolsa tem o valor de 500 euros. Conhece as propostas vencedoras de 2024.
Nunca tantos deveram a tão poucos – instalação (Coimbra)
Perante a crise habitacional que assombra o contexto nacional, fator que aprofunda a precariedade no acesso à educação, as repúblicas de Coimbra prevalecem como polos socioculturais resistentes numa luta contra a gentrificação e a evaporação dos seus pontos de encontro. A instalação pretende explorar o seu passado, presente e futuro, refletindo sobre as possibilidades de continuidade, sustentabilidade e sobrevivência destes espaços. Uma instalação da autoria de Sara Folhas patente de 21 a 23 de novembro no Convento São Francisco. Inauguração no dia 21 de novembro, às 21h.
Dar Voz à Sombra – música (Coimbra)
É um projeto musical que pretende trazer a palco ideias e emoções de pessoas que vivem na penumbra da sociedade. Uma obra de três andamentos (a Escuridão, a Pessoa e a Luz), para soprano e piano, com música, letra e voz de Catarina Pastilha, acompanhada ao piano por Raquel Resende. para ver no dia 23 de novembro, às 17h45, no Convento São Francisco.
“Viva a Liberdade” – oficina para crianças (Loulé)
Uma oficina dinamizada por Andreia Cordeiro com o propósito de criar um postal-cravo, como forma de comunicação e de celebração dos 50 anos do 25 de Abril. Uma hora para explorar a técnica mista de carimbos e materiais riscadores para dar asas à imaginação e à Liberdade. Idade dos participantes: 5 a 10 anos.
Vozes Silenciadas – instalação artística (Loulé)
Que impacto tem na democracia o sentimento de que ninguém nos está a representar? Com o projeto Vozes Silenciadas, Isménia Pereira evidencia que não se considera representada junto dos decisores políticos e que não sente que consiga ter uma voz interventiva. Isménia Pereira convidou outras pessoas a participarem nesta reflexão. Integra nas suas obras a sua e essas vozes, que muitas vezes não conhecem o caminho para serem ouvidas.
Reconhecer o Padrão – novo podcast (Braga)
A participação da Reconhecer o Padrão, revista digital de textos de opinião, no Festival Política de Braga, combinou uma breve apresentação da revista com o lançamento do seu novo podcast, Argumentum. A Reconhecer o Padrão disponibiliza artigos de especialistas, análises aprofundadas e perspetivas únicas sobre os temas mais relevantes da atualidade, desde política, sociedade e cultura de uma forma livre e esclarecedora. O podcast Argumentum irá explorar os temas mais relevantes da atualidade através de conversas espontâneas e reflexivas com pessoas das mais variadas áreas do conhecimento.
O que significa comunidade? – oficina de design thinking (Braga)
O que significa comunidade? Quem (não) está a ser incluído? Para além da nossa identidade coletiva, quais são os serviços que precisamos para prosperar? Com exemplos práticos e locais, esta oficina que decorreu em Braga usa o design para re-imaginar os serviços públicos e instituições que nos servem. Através da exploração de conceitos como privilégio, interseccionalidade e inclusão, descobrimos os ritmos e identidades partilhadas da nossa comunidade. O objetivo é cocriar um manifesto para refletir os nossos desejos e necessidades, inspirando futuras mobilizações. Formação conduzida por Rosa Soares, designer e professora de yoga, formada em Relações Internacionais e Design de Serviços.
Lista Sombra – combate à abstenção (Lisboa)
“Lista Sombra” é um microprojeto que pretende demonstrar que os jovens são capazes de apresentar propostas temáticas para fazer avançar a Europa. Simulando uma lista candidata às eleições europeias, pretende colocar a Europa no centro do debate político, sempre com uma perspetiva intergeracional e de futuro. Uma ideia de Gonçalo Osório de Castro, Guilherme Lidon Guerra e Maria Luísa Moreira.
Maçãs podres – performance (Lisboa)
Apresentação da canção de intervenção e performance “Maçãs Podres” sobre violência policial em Portugal, por Francis Salema. Uma reflexão imersiva sobre a índole do trabalho policial e o papel e responsabilidade política da arte no que toca a mobilizar a consciência coletiva necessária à ação social.